13 set

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A obesidade infantil cresce em ritmo acelarado e a responsabilidade é, em grande parte, da tecnologia e da propaganda de fast foods que estimulam as crianças a ficar mais tempo na tevê ou nos jogos de computador e a comer sanduíches ao invés de praticar exercícios físicos e ter uma dieta balanceada.
Lanches gordurosos, batatas fritas, doces e refrigerantes não podem faltar na lista dos sabores que os pequenos mais gostam, especialmente pelo estímulo gerado pela propaganda de produtos industrializados e dos fast-foods. Somado a essa oferta gastronômica nada saudável, tem-se ainda o fato das brincadeiras de rua sendo trocadas pelo vídeo-game e computador. O resultado destes fatores é um volume cada vez maior de crianças obesas, aumentando ainda mais as estatísticas deste que é considerado um problema de saúde pública mundial.
Uma criança é caracterizada obesa quando o seu IMC (Índice de Massa Corpórea) está entre os percentis de 85 a 95 em relação ao gráfico do CDC 2000 (Center for Disease and Control and Prevention, dos EUA) e obesa quando o percentil for maior que 95. E a coisa é alarmente. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 10% das crianças e adolescentes brasileiros estão na faixa do sobrepeso e 7,3% já sofrem com os males da obesidade.
Segundo a endocrinologista pediátrica Fabiana de Moraes Penteado, do Hospital Santa Marina, as classes sociais que mais possuem casos de obesidade infantil são a média e alta. “Estudos brasileiros mostram que nas escolas privadas a prevalência de sobrepeso e obesidade é maior que nas escolas públicas e este dado se justifica pelo acesso mais fácil das crianças de nível sócio-econômico melhor a alimentos ricos em gorduras e açúcares simples, assim como as modernidades tecnológicas que elas têm acesso e que levam ao sedentarismo”, explica a endocrinologista.
Outro importante fator para a obesidade dos filhos é originário dos próprios pais. “Quando um dos pais é obeso, o risco de a criança ser obesa é de 50%. Se o pai e a mãe são obesos, esse risco sobe para 90% e sabemos que embora os fatores genéticos respondam por 24 a 40% dos casos de sobrepeso, não se pode negar o efeito do exemplo e compartilhamento de atitudes da família”, diz Fabiana.

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